domingo, 24 de fevereiro de 2008
Quando se encontra o amor
Ergue-te, traz-me vinho.
Brindemos.
Hoje, meu grande amor entrou na minha vida definitivamente.
Tudo o que eu queria, aquilo de que necessitava, meus anseios e sonhos realizados.
Não poderia estar mais feliz, leve estou, de tanta felicidade.
Não pensava que a pudesse alcançar nessa plenitude.
Meu amor, meu amor, ela é linda!
Não sei como pude viver sem ela todo esse tempo, mas sei que foi um período perdido, estéril.
Agora, sei que precisava dela para viver.
Ela preenche minha vida, não sei o que faria sem sua presença.
E, agora, definitamente, em minha casa, de onde nunca mais sairá.
Sei que os amores acabam, mas quero que o nosso seja eterno, lutarei por isso.
Neste momento, enquanto escrevo estas linhas, ouço seu leve arfar na sacada do apartamento e me tranqüilizo, pois sei que ela está aqui, comigo.
Nunca pensei que esse amor, tido como diferente, "amor que não ousa dizer seu nome", pudesse me fazer tão plena, realizada.
Minha branquinha, chegou hoje, vai ficar para sempre em minha vida.
Digo-lhe com todo meu coração: amo você, minha máquina de lavar roupas!
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Diário de Natal II
Segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Marcelo não sai da minha casa. Não vi mais nada do carnaval.
Terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Último dia de carnaval. Sei que prometi um diário, mas houve imprevistos. O primeiro e maior deles, Marcelo. Mas na terça resolvi ver o carnaval, ou seja, o que ainda restava da festa. Combinei, então, com Carlos, um de meus inúmeros pretendentes, de ir à Ponta Negra. Minha intenção era curtir a praia e, à noite, ver algumas bandas que se apresentariam por lá, em algum lugar chamado Praça de Ponta Negra.
Inventei uma desculpa para Marcelo e fugi, na hora do almoço, para me encontrar com Carlos. Cinqüentão, nome de papai. Édipão, hein?. Vamos lá, vai ser divertido. Encontrei-me com ele já na avenida principal, Roberto Freire. Descemos à praia e ficamos na areia, pegando um bronze. Carlos é o que se pode chamar de um porre, no mau sentido. Bebe uma cervejinha, mas não fala nada, não gosta de nada, implica com tudo, um velho ranzinza, como eu, mentalmente, passei a chamá-lo. Poucos anos a mais do que eu, mas não consegui evitar a denominação.
Quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Cinzas. Perdido o carnaval, eu já conformada, preparando-me para ir à repartição, que funcionaria à tarde. Logo cedo, aparece Marcelo, perguntando se queria ir à Redinha ver as últimas manifestações carnavalescas. Expulsei-o. À tarde, trabalhei.
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Para o dicionário. Cafife é um bichinho, muito miúdo, que sobe pelo corpo das pessoas aos magotes (não sei o coletivo desse bicho), causando coceira, aflição e angústia no(a) pobre atacado(a) pela sanha invasiva dos animaizinhos. Daí, encafifado. Não fiquei muito convencida, porque, na minha terra, encafifado é intrigado, pensativo, preocupado. Não imaginei nenhum "encafifado" aflito, coçando-se todo. Mas o Luft dá encafifar como vexar(se), constranger(se), aborrecer(se). Então, ficar se coçando é uma coisa que avexa o cabra.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Diário de Natal
Quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Ontem, fui ao "Baile de Máscaras do Atheneu", um evento na rua, lançamento do carnaval da cidade, no Largo do Atheneu, em Petrópolis, bem pertinho da minha casa. Dancei um pouquinho, discretamente, por óbvio, já que mulher séria sou.
Hoje, talvez vá à Redinha (não se esqueçam, Ridinha, com "d" palatal), onde haverá, no Palco do Cruzeiro, apresentação de Donizete Lima. Não conheço nem local nem cantor. Mas a praia, sim.
Amanhã, Moraes Moreira em Ponta Negra. O ônibus que vai a esse destino pára na frente da minha casa. Não é força de expressão, o ponto fica mesmo diante do meu apartamento. Acho que vou lá ver o tal, lembrar-me das musiquinhas da década de 80 e ver quais mais ele inventou.
O trajeto do coletivo é pela Via Costeira, que, como o nome indica, segue a orla; o visual é lindo, e a viagem, bem gostosinha, apesar de curta, uns 15 ou 20 minutos. Acho que vou cedo para lá, assim, aproveito a praia durante o dia e já fico para a festa no fim da tarde. Isso se não encher a cara (nem sei por que pensei em tal hipótese).
Ainda não me programei para domingo, segunda e terça. Vamos ver o que acontece. Também vai depender dos convites que receberei para as festas, já que conquistei uma quantidade considerável de pretendentes potiguares. Como não me canso de repetir: sou uma mulher linda. E mentirosa.
É isso, acho. Na quarta-feira, que sói ser de cinzas, contarei venturas e desventuras do carnaval de Natal. Ou serão de Natal no carnaval? Como é isso? Não entendi. Que data é, afinal? Carnaval ou Natal? Tenho direito a piadinhas infames, não?
P.s2: Sei que ninguém me pediu o diário do carnaval, mas mando assim mesmo. Agüentem-me